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Cruzando o Caminho do Sol

21/12/2013 18:35

Livro: Cruzando o Caminho do Sol

Autor: Corban Addison

Editora: Novo Conceito

Páginas: 448 

 
Sita e Ahalya são duas adolescentes que vivem com sua família na Índia, família rica. Tudo vai bem até que ocorre um tsunami e destrói toda a família das garotas, assim como toda a região onde moravam. Ahalya é mais velha e se ver imediatamente com a segurança da irmã mais nova nas mãos, ela tem que salvar a si mesma e a irmã, tem que procurar um lugar seguro, no entanto, esse é o problema.
       Elas percorrem uma grande distância até chegarem em um local que não foi afetado pelo tsunami e tentam encontrar algum conhecido, pois elas tem uma parenta que mora em outro local, mas não sabem como chegar lá. Um amigo de seu pai aparece no meio da confusão das irmãs e oferece ajuda, e claro, elas aceitam. Ele segue com elas em um carro, que está sendo dirigido por um mal encarado, e desce em um ponto antes. Elas seguem no carro e... o pior acontece! Elas são vendidas para um cafetão. E a história se desenrola a partir daí.
     Thomas é apaixonado pela esposa (ou ex-esposa, nem ele sabe atualmente), apaixonado pelo trabalho de advogado, apaixonado pela família, mas tem um buraco em seu peito, um vazio. E esse vazio que faz a vida dele se desmoronar, e é esse vazio que faz sua vida voltar ao normal. No meio de tristezas ele é "concebido" com uma falsa férias de um ano na Índia, lá ele trabalhará na ONG que tenta derrubar os responsáveis pela tráfico humano.
     De uma forma ou de outra, o livro é ótimo! Mas, Thomas algumas vezes me deixou aflita, com muita raiva, e eu acho que a história dele não fez muito sentido ao livro, talvez se fosse vista de outro ângulo, talvez se tivesse uma relação maior com as duas irmãs, de fato há, mas deveria ser mais forte. As garotas me pareceram duas menininhas que se transformam da noite para o dia. Até posso entender que nessas situações de tráfico realmente a cabeça muda rápido, para o bem ou para o mal. Mas a Ahalya me convenceu, me pareceu bastante natural, agora a Sita me pareceu um personagem forçado, o tempo todo ela tentava ter atitudes de acordo com sua irmã, imitando-a. 
     Thomas é um cara até legal, mas ele fazia umas coisas que me deixavam aflita, ao mesmo tempo que ficava dando pulinhos quando ele queria consertar seu erro, mas depois era fraco... Ai.
     O que posso dizer é que, o livro traz várias situações muito importantes, que nós conhecemos mas ignoramos ou ao menos não nos importamos tanto. As cenas tem uma crueldade incrível, a realidade crua, um realismo que ficou marcado no livro. Que fique claro, eu não gostei muito de dois dos três personagens principais, mas adorei a história, entendi e senti o que o autor quis falar. Esse é motivo por o livro se tornar meu favorito, no entanto tirei um coração por conta dos personagens. 
     Esse é um livro onde você vai poder ter ideia de como é ser traficada para fins sexuais ou para ser uma escrava doméstica. Você fica com medo, você fica alegre, fica aguçada pelo fim da história, e fica, finalmente, satisfeita.